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Anjo de Carne - Meu pequeno grande e eterno Guerreiro.

Nossa, como o tempo passa rápido.


Ontem [24.03.09] se completou 2 longos meses que nos separamos do nosso anjinho de carne.
Antes o sentimento de inutilidade me consumia. Agora, o que fica é um sentimento que sufoca o peito.

Na vida a gente sempre tenta imaginar como deve ser a dor de perder alguém tão próximo e tão amado. Diversas vezes temos sonhos que, na maioria deles, acordamos com aquele sentimento sufocante de tristeza e, eu não sei quanto a vocês, mas eu sempre acordo chorando quando tenho esse tipo de sonho. Mas uma coisa eu posso garantir, que qualquer idéia que já pude ter, o mais real que já cheguei em algum pesadelo do que pudesse ser esse sentimento, não passa nem perto do que estou sentindo.

Desde quando o Guigui nasceu, tivemos que nos preparar para passar por isso. Afinal, ele não sobreviveria mais do que 2 anos [na opinião médica]. Mas, apesar de toda essa péssima expectativa, não estávamos nadinha preparados.
Sei Deus sabe o que faz, e tenho plena certeza de que foi o melhor pra ele. Mas não é nada fácil.
No começo foi muito difícil, nossa família teve que mudar de hábitos, pensamentos, atitudes, valores, preconceitos, enfim, tivemos que nos adaptar para vivermos em função de uma criança linda e cativante que Deus colocou no nosso caminho.
Tivemos muitos problemas nessa fase de adaptação e nem me lembro quanto tempo durou, mas sei que foi bem conturbada, pois pode não parecer, mas é muito difícil imaginar que aquela criança tão linda e esperta, nunca seria “normal” aos olhos da sociedade. Além disso, ele não tinha nenhum traço de quaisquer “anomalia”. Por isso, era difícil acreditar.
A Jéssica e eu demoramos pra entender que não era pra qualquer lugar que a gente podia ir, não era qualquer dia com qualquer tempo que a gente podia sair, pois a gente precisava sempre pensar nas limitações do nosso irmão mais novo. O mais incrível, é que nós duas éramos pequenas, mas sempre entendemos o que poderia acontecer se a gente não respeitasse as limitações o nosso bebê.
Realmente, foi muito difícil, mas conseguimos superar e acima de tudo, a gente foi aprendendo a entender o propósito de Deus na nossa vida.
Muita gente que provavelmente está lendo esse texto agora, não chegou a conhecer o Gui, mas digo uma coisa, ele é muito especial.
Com aquele jeitinho meigo e dengoso, ele nos ensinou como amar, sorrir, se divertir, dar carinho e viver sem limitações. Ele nos mostrou como é simples ser feliz.
Diversas vezes os médicos nos falaram que ele não entendia as coisas e que as reações dele eram óbvias. COMO ELES ESTAVAM ENGANADOS!

Lembro que quando era criança, eu sempre passava uma semana na casa de alguma tia nas férias. Todos os dias minha mãe me ligava e perguntava se eu num queria voltar pra casa porque o Gui tava sentindo saudade de mim.
No começo eu achava que era chantagem emocional da minha mãe [rsrs], mas aí fui percebendo que quando eu chegava em casa ele não parava de rir, ficava todo “elétrico” só de ouvir minha voz.
Quando a Jéssica começou a crescer, ela fazia o mesmo. Aí eu notei a diferença.
Como ele ficava triste e amuado enquanto a gente ficava fora e como era lindo ver o olhar dele brilhando quando a gente chegava na porta e falava “CADÊ O GUI?”.

[Ai que saudade!!!]

Ele se divertia com muito pouco. Ficava o dia todo na frente da TV assistindo desenhos e se passa algum desenho que ele não gostava, ele dormia. Podia ser a hora que fosse. Quando alguém tocava violão perto dele, ele se entortava todo no carrinho pra olhar [nossa...como ele gostava do som do violão!].

E quando minha mãe estava dando comida pra ele e eu ou minha irmã sentava do lado, mesmo se a gente não mexesse com ele, ele se virava e ficava sorrindo pra ver se a gente brincava com ele. E minha mãe não conseguia terminar de dar comida se a gente não saísse de perto.

[Como é bom lembrar de você assim Gui...]

No dia em que ele foi pro hospital, acho que nós já pressentíamos o pior, mas não comentávamos um com o outro, principalmente porque não queríamos ter que pensar no pior. Afinal, podia ser somente algo da nossa cabeça e como minha mãe sempre falou desde o primeiro dia: “Não vamos sofrer antes da hora”.
O problema é que não tinha jeito, ver o Guigui naquele estado, desesperado pra respirar mesmo com a máquina bombeando seu pulmão, acabava com a gente.
O tempo foi passando e cada dia realmente era um novo dia.
Tinha dias que a gente chegava no hospital e ele estava sonolento, fraquinho, mal conseguia abrir os olhos. Outro dia ele tava com a carinha bem tranqüila, outro dia ele tava super agitado, algumas vezes, bem espertinho e assim foram se passando quase dois meses.
Muitas vezes tivemos esperança que ele saísse de lá rápido e com vida, afinal, quantas vezes ele já nos assustou assim?

Realmente ele já havia passado muitas vezes por situações parecidas, mas dessa vez estava diferente, não só por estar a mais tempo do que das outras vezes no hospital, mas o sentimento que estava no meu coração [e acredito que no coração da família toda], era diferente.
As pessoas que me perguntavam sobre o estado de saúde do Guigui, sempre vinham com palavras de conforto, dizendo que ele era forte e que iria sair dessa como havia saído de todas as outras.

Pois é, ninguém estava enganado.

Ele saiu vitorioso, mas não da forma que nós queríamos e sim da forma mais corajosa possível.
Algumas semanas antes de nos separarmos do nosso anjo, os médicos conversaram primeiramente com meus pais e mais tarde com minha irmã e eu. Eles nos disseram com toda a sinceridade do mundo, que não entendiam como aquele menino tão magrelinho conseguiu sobreviver por tantos anos. A equipe médica e as enfermeiras que cuidavam dele, estudaram sobre sua síndrome. Com a idade que ele estava [16 anos], já não era para estar vivo, ou ele já deveria comer pela gastro e respirar pela traquio.

[Grande novidade!...rs...a gente até brincava com os médicos dizendo que o que eles estavam falando era novo só pra eles...rsrs...passamos a vida inteira escutando isso]

Eles nos disseram que só conseguiam pensar em uma explicação para uma vida tão “longa” e saudável, o AMOR.

Diversas vezes alguém do hospital chegava em um de nós 5 para falar como achava incrível que todos os dias o Guilherme tinha visita, como era lindo o carinho que a gente tinha com ele e como era visível a alegria que ele sentia ao ouvir a voz de qualquer um de nós. A gente sempre escutava um elogio, seja de alguma enfermeira ou de algum médico, mas era sempre nos dando os parabéns por cuidar tão bem dele. Além disso, uma criança que vive deitada ou que está sempre na mesma posição, é quase impossível não criar escaras no corpo. E o Gui chegou no hospital sem nenhum machucadinho sequer. Mas o único elogio que nós 3 aceitávamos, era com relação ao nossos gigantescos amor e carinho. Porque se ele estava bem e com saúde, e se conseguiu chegar até ali, foi por que tinha uma SUPER MÃE. Que abdicou de toda a sua vida pra cuidar dele. Ela era simplesmente uma menina ainda quando ele nasceu, mas teve responsabilidade e pulso firme de uma grande mulher.

Para mim, já foi difícil ter que me despedir em vida e prometer que ficaria tudo bem. Para que ele pudesse ficar tranqüilo e ir em paz. Imagina pra ela?

Desde a semana entre Natal e Reveillon, ele estava instável. Uma hora os médicos vinham com notícias boas, dizendo que ele sairia assim que terminasse o antibiótico, outra hora eles vinham dizer que o estado dele era gravíssimo e que ele poderia falecer a qualquer momento.
Perdi as contas de quantas vezes cheguei em casa chorando e pedindo o apoio e conforto de meus amigos porque aquele poderia ter sido meu último momento com o Gui.

[Acho que eles até ficaram de saco cheio...rs]

Os médicos insistiam em dizer que ele só estava vivo ainda, porque ele tinha medo de nos deixar. E que a gente não podia deixar que isso acontecesse. Precisávamos deixar nosso orgulho e egoísmo de lado e falar de todo o coração pra ele ficar bem.
Mesmo com todas as palavras de todos os médicos, a gente relutava pra se despedir dele.
Quando eu pensava nessa situação, eu me sentia uma pessoa sem sentimentos. Era como se eu não o amasse e esperasse a morte dele ansiosamente.
Essa situação foi me consumindo de uma tal forma que eu já não conseguia mais prestar atenção em nada. Acredito eu, que me prejudiquei no trabalho por causa disso. Fora outras coisas que foram acontecendo ao mesmo tempo e que a soma de tudo, já estava tomando todas as minhas forças.


Nas duas últimas semanas, todos os dias que a gente chegava para a visita, o Gui sempre ficava nos olhando fixamente. Mesmo se ele tivesse dormindo, ele acordava e ficava com os olhos abertos e nos olhando até irmos embora. Até cheguei a comentar várias vezes com a Jéssica que eu achava que o que a gente temia a vida inteira, estava prestes a acontecer e que aquele olhar, parecia um olhar de despedida. Sei lá...


Na sexta-feira [23.01.09], o médico que estava no plantão noturno, veio conversar com a gente. Já começou a conversa falando que ele precisava ser bem sincero com a gente e que estava muito preocupado com o estado do Gui. Ele nos explicou tudo sobre as escaras, a infecção generalizada que estava atacando o Rim e que essa era a maior preocupação dele. O médico ficou conversando conosco durante todo o período da visita e pra finalizar a conversa ele pediu novamente pra nós duas conversarmos com o Gui pra ele parar de sofrer. Então ele terminou de colocar a medicação e nos deixou sozinhas com nosso anjinho.

Vendo o estado que ele estava, com aqueles olhos amarelos por causa do pus da infecção e vermelhos porque ele não conseguia fechá-los e isso fazia com que os ressecasse, eu criei coragem, cheguei bem pertinho dele, abracei ele do jeito que pude por causa das máquinas, quase deitando minha cabeça junto com a dele, olhei nos olhos dele e tentando conter as lágrimas, pra que ele não percebesse que eu estava chorando, eu disse que era pra ele escutar a irmã mais velha, que apesar de nunca ter conseguido terminar de dar um prato inteiro de comida pra ele e que apesar de ter esquecido seu último aniversário, eu o amei desde o momento que eu soube que ele estava na barriga de nossa mãe. E era exatamente por esse amor gigante que eu sinto por ele que ele precisava me ouvir e me obedecer. [rsrs] Falei pra ele que ele que eu agradeço a Deus por ter nos dado a oportunidade de ter recebido esse presente maravilhoso chamado Guilherme e que poucos tem a honra de poder conviver com um anjo de Deus por tantos anos. Além disso, ele tinha sido muito forte até ali, mas agora ele precisava ser corajoso. E ele tinha que me prometer que se o papai do céu o chamasse pra ir morar com ele, era pra ele ir e não era pra se preocupar com a gente, porque a gente ia ficar bem e eu não agüentava mais ver o seu sofrimento e que o melhor pra ele seria sempre o melhor pra gente. Enquanto eu falava com ele, ele não tirou os olhos dos meus. Incrível, porque ele nunca conseguia firmar o olhar em nada, mas naquela semana e naquele dia, ele firmou direitinho. Mas o olhar dele era como se ele dissesse que não era pra eu falar aquilo pra ele e porque ele não queria nos deixar e que iria lutar até o fim. Pode até ser que eu esteja viajando, e que tenha interpretado errado, mas acredite, ele nunca havia me olhado daquele jeito. Era um olhar de despedida, tristeza, medo, tudo junto. Dei um beijo bem forte nele e fiquei passando meu nariz no rosto dele, como fazia quando ele estava em casa e me despedi dizendo pra ele nunca esquecer tudo o que eu disse e principalmente que eu o amo demais e finalizei dizendo: “Vai com Deus meu anjo, quando chegar lá conta pra todo mundo como foi aqui na terra, como foi sua experiência e o que você aprendeu e ensinou pras pessoas que conviveram com você, do jeitinho que a Kéka [grande amiga] me disse uma vez.
Quando terminei, a Jéssica se aproximou e fez o mesmo, nas palavras dela e do jeito dela. Eu preferi não ouvir, porque acho que cada um de nós precisava ter um momento sozinho com ele.
No outro dia, meu pai foi visitá-lo na parte da manhã [também sozinho], ficou um bom tempo com ele, e também se despediu, pois percebeu que aquele seria a última vez que estaria com o Guigui. Voltou correndo pra casa, para que desse tempo de minha mãe ficar com ele, mas acho que ele não precisava correr, o Gui ia esperar o tempo que fosse pra ter seu último momento com a pessoa mais importante de toda a sua vida. Minha tia Cida e minha prima Thais, também conseguiram ficar um tempinho com ele.

Mas o momento mágico tinha que ser com a Mamis. Ela conversou com ele e nesse momento ela conseguiu se despedir com sinceridade. E ele escutou atentamente todas as palavras, todo seu discurso e toda a sua declaração, assim como fez com cada um individualmente. Quando ela terminou, deu um beijo nele e disse o mesmo que eu e que provavelmente todos disseram: “Vai com Deus meu filho, a mamãe te ama demais. Fica em paz Anjo!”. E assim ele se foi.
Acredito que esses dois meses que ele ficou no hospital, foi um tempo que Deus nos deu pra que a gente fosse se acostumando a não ter mais o Guigui em casa e não ter mais a rotina que a gente tinha antes. Apesar de estarmos sofrendo bastante, acho que seria pior se tivesse acontecido de uma hora para outra.

Acho que eu não “caí na real” no dia. Chorei sim, mas depois fiquei completamente lesada. Meu pai e minha mãe pediam para que eu ligasse avisando todo mundo, e eu não conseguia lembrar o telefone de ninguém e nem pra quem meu pai tinha pedido pra eu ligar. Fomos para o cemitério para esperar a chegada do anjinho. Quando abriram aquele caixãosinho branco, desabei, não era meu Gui que estava ali. Ele estava diferente, não parecia que ele estava dormindo porque ele dormia com a boca aperta e tiveram que colar sua boca e por isso ele ficou meio bicudo. Mas estava lindo, com a última roupa que lhe dei de presente, moletom azul com touca. A mãozinha dele estava quente ainda e não endureceu até o momento do enterro. Sua feição era de paz e tranqüilidade. Mas eu queria que todo mundo lembrasse dele como ele era. E lembrei antes de sair de casa, de levar fotos dele sorrindo. Colei essas fotos na tampa do caixão e era legal, porque todo mundo que chegava perto, dava um beijinho nele e olhava pra tampa, como se quisesse lembrar somente daquelas fotos.


No dia da despedida final [enterro], nós ficamos muito emocionados em ver a quantidade de pessoas que foram ao cemitério prestar suas últimas homenagens para o nosso anjo. Não parava de chegar gente de todos os cantos. Amigos, parentes, pessoas que não viam meus pais desde que eram solteiros. Acho que, chutando baixo, tinha aproximadamente 250 pessoas, pra mais!
Em toda a minha vida, eu nunca fui em um enterro tão lindo e emocionante [apesar de ser um momento tão triste]. Tentamos cantar algumas músicas que cantávamos pra ele em vida, pra que ele “escutasse” pela última vez o som do violão. E quando terminamos, o caixão foi fechado e todos seguimos para o sepultamento. Muita gente diz que o pior momento é o que fecha o caixão. Mas pra mim, o pior foi ver a terra caindo em cima das fotos dele sorrindo...

Aquele sim foi o fim...

E desde então, os dias perderam a cor, porque o brilho e o contraste do dia, está iluminando outro lugar. Agora não tem mais jeito, não tem mais volta, a única saída é me acostumar...


Comentários

Anônimo disse…
É Juu... Acho que, quando eu era mais nova... Por trás daquela pressão toda de ser crente que a família colocava, eu duvidava da existência de Deus... Além até da imaturidade... A pouco tempo atrás eu ainda tinha uns surtos de ''atéia''... Mas até eu entender... Eu sentir de verdade, a luz, a magia, e o amor que o Gui representava, a minha fé não estava completa. E eu senti dentro de mim, e não foi fácil de assumir, que o Gui me ensinou com isso tudo, me mostrou uma fé e um amor, que faltava dentro de mim.. é como se por toda a minha vida eu tinha achado 5 peças do meu quebra-cabeça, e ele me completou com umas 50.. Quando eu fui na sua casa.. que eu olhava pra ele no carrinho, era como se ele falasse: ''acorda sua tonta, e presta atenção que eu vou te ensinar... A vida não tem o valor que você imagina... Não tem que trabalhar duro e encontrar um príncipe encantado pra ser feliz. Essa futilidade toda é inútil. Basta amar e dar amor, que você será a pessoa mais feliz do mundo!'' E é isso que eu to sentindo.. Eu nunca tive tanto amor próprio como tenho hoje, eu nunca me apeguei tanto a vocês como eu me apego a cada dia mais... A senssação que eu tenho é que o Gui na cadeirinha tava rindo da minha cara.. Como é que eu não pude ver algo tão óbvio? Amor incondicional? Sem dúvidas. Acho.. Tenho certeza, que se o Gui não tivesse aparecido nas nossas vidas, a gente nào seria tão bom quanto é. E que a gente deve muito pra ele.

mas a realidade que nos mata, é a mais sincera. Lugar de Anjo não é no meio de tanta maldade...

Anjo, santo, bebê, passarinho... Sempre será lembrado.. Muito mais intensamente que a maioria das pessoas que se forem. E a gente sempre vai ter emoções para compartilhar, com ele bem no cantinho do peito e da memória. Eu sei que ele estará presente.. E como eu disse pra ele no hospital, cuidando de vocês.

Amo muito vocês.

Tha

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